quarta-feira, 17 de agosto de 2011

não há vontade de dormir à noite. não há vontade de acordar de manhã. não há nada para fazer à noite, nem de manhã. há imensa gente com quem falar à noite, mas ninguém com quem falar de manhã. não há vontade de falar com ninguém nem à noite, nem de manhã. a tarde? esquecida. contando que passe depressa, como tudo basicamente. manhã, tarde, noite. sucessão de momentos, que se tornam dias, semanas, meses, anos. contando que tudo passe depressa. para que? será com a esperança que o futuro seja melhor? ou será com a esperança que tudo acabe depressa, porque nem coragem para meter um ponto final há? só pontos e vírgulas, só reticências. será corajoso ou estúpido demais meter um ponto final? quem sabe. quem sabe se haverá algo melhor depois de um determinante ponto final. quem sabe se não haverá um novo travessão, que se encarregue de nos trazer algo que não nos faça pensar em pontos finais e em pontos de interrogação, mas sim em pontos de exclamação. quem sabe. quem sabe se isto tudo até agora não está entre parênteses. ou mesmo entre aspas. quem sabe se tudo até agora não veio a seguir a dois pontos. e quem sabe se ainda nem um parágrafo completo foi. quem sabe se nada disto importa. quem sabe se as pequenas e insignificantes vírgulas podem fazer muita diferença. ou não. quem sabe.

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